terça-feira, 28 de junho de 2011

RÁDIO

MEDIADORES DE LEITURA 5   
Ana Amélia Butzen Perius, Arlindo Artur Blum, Clarice Claudete Koslowski
Karin Maria Neis e Mariléia Thum Pich
UAB – Polo de Cerro Largo – RS
BLOG: mediadoresleitura5.blogspot.com


PROJETO RÁDIO ESCOLA

DURAÇÃO:
Segundo Semestre de 2011.

JUSTIFICATIVA:
Este é um projeto que será desenvolvido pelos alunos do grupo 5, do Curso de Extensão de Mediadores de Leitura na Bibliodiversidade – Polo UAB Cerro Largo, com aplicação prática na Escola Estadual de Ensino Fundamental Dr. Otto Flach – CIEP, nas séries iniciais do Ensino Fundamental, cuja finalidade é mediar a leitura de diversos gêneros textuais de forma significativa e prazerosa.

OBJETIVO GERAL:
Oportunizar a todos os alunos da Escola a participação na elaboração e execução do projeto RÁDIO ESCOLA através da seleção de textos informativos, persuasivos, literários, de entretenimento e lúdicos para as sessões semanais.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Sensibilizar a comunidade escolar para a importância do ato de formação de leitores;
Fazer parcerias com instituições de cultura, universidades, escolas de formação de professores, contadores de histórias, amigos da escola e principalmente uma participação ativa dos pais;
Organizar com os professores dos anos iniciais, reflexões sobre a importância da leitura na formação de nossos educandos;
Ser o professor um exemplo de leitor no ambiente escolar;
Conhecer histórias variadas e ampliar o vocabulário;
Envolver todo o corpo docente e discente da Escola.
Incentivar os alunos a desenvolverem sua criatividade, raciocínio, através da leitura e escuta das programações do projeto;
Investir na formação de leitores para que consigam compreender, interpretar e reproduzir os gêneros textuais;
Evidenciar através dos programas produzidos e apresentados pelos alunos e professores a interdisciplinaridade inerente ao Projeto;
Desenvolver habilidades e tendências comunicacionais dos participantes;
Assessorar os profissionais envolvidos no projeto para que se utilizem do rádio como um instrumento eficaz de ensino dos diversos gêneros textuais;
Reconhecer crianças e adolescentes como produtores de cultura, integrando-os aos gêneros literários;
Exercitar a comunicação oral, aperfeiçoando a objetividade e clareza de exposição do pensamento
Favorecer a convivência e trabalho em grupo, respeitando diferenças, níveis de conhecimento e ritmos de aprendizagem de cada integrante da equipe.
Promover a sensibilização para que a criança possa compreender diferentes gêneros textuais;
Promover o empréstimo de livros, garantindo a participação e interação da família neste processo de incentivo a leitura;
Incentivar o uso das tecnologias (TV, DVD, CD, Computador, Internet, Rádio, Imagem verbal e não-verbal, etc);
METODOLOGIA
O referido projeto compreende o desenvolvimento de várias atividades durante o segundo semestre de 2011, tais como:
Exposição do projeto a todos os professores da escola, para apreciação, debate, aprofundar ideias e sugestões;
Reunião com pais, para solicitar o apoio, no sentido de incentivarem e participarem das atividades em conjunto com os alunos;
Organização na Escola de uma biblioteca itinerante, com livros de literatura infantil, dicionários, gibis, revistas, jornais, etc, como subsídios para a elaboração do programa a ser apresentado na Rádio Escola.
Organização dos espaços para ler e ouvir a programação que será apresentada na Rádio Escola, pela turma responsável (as histórias serão lidas e contadas pelo professor da turma, por alunos, pais voluntários, contadores de histórias, amigos da escola, alunos monitores dos anos finais e/ou alunos de universidades ou de cursos de magistério-parcerias);
O trabalho em sala de aula deverá ser com diferentes suportes de textos;
Narrativas (histórias de autoria conhecida ou não), contos de fadas, fábulas, lendas, folclore, etc;
Poemas para serem lidos ou recitados;
Quadrinhas, parlendas, adivinhações, trava-línguas, ditos populares;
Reportagens, notícias;
Textos didáticos;
Música no horário do recreio e rádio da escola;
Trabalho com cartas, bilhetes, internet, realizando intercâmbio com outras escolas;
Exploração de diferentes gêneros textuais;

CULMINÂNCIA
Realizar ao término do ano letivo a semana cultural da escola, com apresentações de diversas atividades, segundo um cronograma organizado previamente, sugere-se:
1° Sarau Literário da Escola: com recital de poesias, danças, dramatizações, peças teatrais, paródias;
Tarde de Autógrafos: com a produção textual da turma (coletânea de textos e histórias produzidas durante o semestre);
Exposição de Trabalhos: desenhos, obras de arte criadas pelos alunos, jornal mural com notícias da escola e comunidade;
Postagem dos Trabalhos dos Alunos no Blog da Escola;
Concurso de Poesias/Poemas;
Exposição Fotográfica: fotos da comunidade, da escola e dos trabalhos realizados durante o semestre;

AVALIAÇÃO
Será considerado satisfatório, se houver envolvimento de toda comunidade escolar e se realmente conseguirmos incentivar a maioria dos alunos a cultivar hábitos de leitura dos mais variados gêneros textuais, tendo através da Rádio Escola, consolidando uma prática que fortaleceu a expressão criativa e peculiar de cada educando.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Ferreiro, Emílio. Com todas as Letras: 3.ed. Tradução de Mª Zilda da Cunha Lopes. SP: Cortez, 1993. 102p.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS (1ª A 4ª SÉRIE ) Volume 2 Língua portuguesa.
Pró-Letramento : Programa de Formação Continuada de Professores dos anos/séries do Ensino Fundamental : Alfabetização e Linguagem. ed. rev. e ampl. incluindo SAEB/ Prova Brasil Matriz de Referência/ Secretaria de Educação Básica - Brasília : Ministério de Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008, 364p.


ABRIR AS PORTAS E JANELAS DO MUNDO POR MEIO DA LEITURA, DA ORALIDADE E SER CAPAZ DE SE RELACIONAR BEM NAS DIFERENTES PRÁTICAS SOCIAIS. “LER NÃO É MAIS UMA MARCA DE SABEDORIA, MAS DE CIDADANIA”. EMILIA FERREIRO.

SUGESTÃO DE ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO PROGRAMA:
Mensagem, textos literários, argumentativos, entrevista, receitas, entre outros.
Avisos;
Recados;
Lembretes;
Notícias (da Escola, Município, Região, Estado, País e Mundo);
Curiosidades;
Músicas.

CRONOGRAMA DE APRESENTAÇÕES:

1.    08/08/2011 = Educação Infantil (segunda-feira)
2.    23/08/2011 = 1ª série/9anos (terça-feira)
3.    01/09/2011 = 2ª série A/9anos (quinta-feira)
4.    22/09/2011 = 2ª série B/9anos (quinta-feira)
5.    03/10/2011 = 3ª série A/9anos (segunda-feira)
6.    19/10/2011 = 3ª série B/9anos (quarta-feira)
7.    07/11/2011 = 4ª série/9anos (segunda-feira)

TEMPO: 30 MINUTOS.

IMPORTANTE: A organização da programação deve envolver todas as disciplinas.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

EXPERIMENTAÇÃO DE PRÁTICAS DE LEITURA: PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

  • PÚBLICO-ALVO: Adolescente e pré-adolescentes, leitores das série finais do Ensino Fundamental.
  • OBJETIVO DA PRÁTICA LEITORA: Em meio a uma sociedade em que cada vez mais a hipocrisia, a falsidade e a mentira se alastram e chegam a todos os setores, refletir sobre a importância  de sermos cidadãos honestos, verdadeiros e coerentes em nossa ações.
  • MATEIRAIS E RECURSOS:
            1. Textos "A Língua e os dentes" de Leonardo da Vinci
                           " Júpiter e os lenhadores" de Esopo
                           " O garoto pastor e o lobo" de Esopo
            2. Imagem: Gravura, foto e desenho
            3. Tabela e Gráfico: Razões mais comuns para a mentira entre os jovens
            4. Livro "Olha o olho da menina" de Marisa Prado
            5. Poema "Verdade, irmã do amor e da justiça" de Antero de Quental
            6. História em Quadrinhos "Primeiro de Abril" e Tira "O mentiroso"
            7. Charge "A mentira tem pernas curtas" e "Promessas"
            8. Música:  com clipe "Mentiras e Fracassos" NxZero
                              com vídeo "Verdades e Mentiras" Sá e Guarabira

1. TEXTOS

1. Fábulas

A LÍNGUA E OS DENTES
                                  Leonardo da Vinci 
   Era uma vez um menino que tinha o mau hábito de falar mais que o necessário.
- Que língua! - suspiraram os dentes certo dia - nunca fica parada, nunca sossega!
- Por que é que vocês estão resmungando? - perguntou a língua em tom arrogante - vocês, os dentes, são meros escravos, e seu trabalho resume-se em mastigar o que eu decidir. Não temos nada em comum, e não permitirei que vocês se metam em meus negócios.
E então o menino continuou falando, algumas vezes de maneira imprópria, e sua língua sentia-se muito feliz, aprendendo novas palavras a cada dia.
Porém um dia o menino comportou-se mal e permitiu à sua língua contar uma grande mentira. Os dentes obedeceram ao coração, fecharam-se e morderam a língua.
A partir desse dia a língua tornou-se tímida e prudente, e passou a pensar duas vezes antes de falar.

JÚPITER E OS LENHADORES
                                                  Esopo
      Era uma vez um lenhador que fazia seu trabalho às margens de um rio de águas cristalinas. Num golpe repentino seu machado escapou e foi parar no fundo do rio.
No mesmo instante o lenhador mergulhou e procurou seu machado, sem sucesso. Que infelicidade! Perder sua ferramenta de trabalho...
     E o lenhador, encostado numa pedra, chorou com sentimento:
_ Eis na água meu sustento! Que os céus ouçam meu lamento! Como vou criar meus filhos, trabalhar sem minha ferramenta?
Quando levantou os olhos levou um susto. Júpiter, o mais importante dos deuses, tinha escutado seu clamor e foi ao seu encontro.
_ É isso que procuras, lenhador? Então, não chores mais! É este seu machado?
Com essas palavras, Júpiter tirou de dentro das águas um magnífico machado de ouro.
_ Não! _ exclamou o lenhador! _ Meu machado mais simples, senhor...
O deus, então, deixou o machado de ouro, à beira do rio, mergulhou e trouxe dessa vez um belo machado de prata. Com satisfação afirmou:
_ Agora sim! Como pude me enganar? Aqui está o seu machado...
Sem saber que se tratava do próprio deus Júpiter que estava à sua frente, o lenhador, meio sem jeito, falou:
_ Meu bondoso senhor, deveria me perdoar, mas este também não é o meu! Meu machado é velho, seu cabo é de madeira e até está enferrujado, não se compara a estes...
Júpiter, então, deixou o machado de prata ao lado do machado de ouro à margem do rio e voltou a mergulhar.
Desta vez trouxe o velho machado e o entregou ao lenhador, que de tanta felicidade quase não conseguia falar.
_ Muito obrigado, senhor! É esse mesmo! O meu velho e bom machado! Ele mesmo! Obrigado!!!
E diante da honestidade do lenhador presenteou-o com os outros machados também, desaparecendo misteriosamente, em seguida!
O lenhador pegou nos braços o seu tesouro e, ao encontrar com um grupo de amigos, contou o que havia acontecido.
Os amigos não conseguiram tirar os olhos de cima daquele tesouro que ele carregava nos braços.
Um deles, muito invejoso, depois de ter ouvido o acontecido, partiu em direção ao rio e, repetindo passo a passo o que o sortudo fez, pôs-se a chorar, encostado numa pedra.
_ Como isso pôde acontecer? O que farei agora? Como poderei trabalhar? Oh! Que destino desgraçado!
E para sua confirmação Júpiter apareceu e trouxe em suas mãos um belíssimo machado de ouro.
_ Que maravilha!!! _exclamou sem mais um choro... _ O senhor o encontrou... é o meu machado!
     Quando o homem ia pegar o machado de ouro, Júpiter ficou tão furioso ao perceber sua desonestidade que lançou o machado de ouro nas águas novamente e ainda aumentou a correnteza para que carregasse para sempre o verdadeiro machado do lenhador.
     MORAL: Só se ganha com a verdade.


O Garoto Pastor e o Lobo

        Um Jovem Pastor de ovelhas, encarregado que fora de tomar conta de um rebanho perto de um vilarejo, por três ou quatro vezes, fez com que os moradores e donos dos animais, viessem correndo apavorados ao local do pasto, sempre motivados pelos seus gritos: "Lobo! Lobo!".
       E quando eles chegavam ao pastoreio, imaginando que o jovem estava em apuros com o Lobo, encontravam-no zombando do pavor que estes demonstravam.
     O Lobo, entretanto, por fim, de fato se aproximou do rebanho. Então, o jovem pastor, agora realmente apavorado, tomado de pavor, gritava desesperado: "Por Favor, venham me ajudar; o Lobo está matando todo o rebanho!". Mas, ninguém deu ouvidos aos seus gritos.
Autor: Esopo
Moral da História:
Ninguém acredita em um mentiroso, mesmo quando fala a verdade.

2. IMAGEM

1. Gravura


2. Foto

3. Desenho

3. TABELA E GRÁFICO

1. Tabela


RAZÕES MAIS COMUNS PARA A MENTIRA ENTRE OS JOVENS
%
RECEIO DAS CONSEQUÊNCIAS
42
INSEGURANÇA, BAIXA AUTO-ESTIMA
31
RAZÕES EXTERNAS (PRESSÃO, COAÇÃO)
9
GANHOS E REGALIAS
7
RAZÕES PATOLÓGICAS
1

2. Gráfico

4. LIVRO

Livro "Olha o olho da menina"
               Texto: Marisa Prado
               Ilustração: Ziraldo

5. POEMA

Soneto

Verdade, irmã do amor e da justiça
                           Antero de Quental
Verdade, irmã do amor e da justiça,
Mais uma vez escuta minha prece.
É a voz de um coração que te pede,
De uma alma livre, só a ti submissa.

Por ti é que a esperança
De homens e mulheres e mundos permanece,
E é por ti que a virtude prevalece,
E aparece num sorriso de criança.

Por ti, num mundo confuso as nações
Buscam a liberdade, entre clarões.
E os que olham o futuro e acreditam, mudos,

Por ti podem sofrer e não se abatem,
Todos aqueles que combatem
Tendo o teu nome escrito em seus escudos.

6. HISTÓRIA EM QUADRINHOS E TIRA

1. História em Quadrinhos " Primeiro de Abril"


 2. Tira " O mentiroso"

7. CHARGE

1. Charge "A mentira tem pernas curtas"


2. Charge "Promessas"

8. MUSICA

1.  Música e clipe

Mentiras e Fracassos

NxZero
Composição : Fi Ricardo
Eu não vou mais mentir
Eu não vou tentar ser
Algo que não sou
Não dá mais para fingir que não vou me importar
O jogo terminou
E agora?
O que faço?
Os sonhos se perdem no tempo e ninguém vê
São tantas decepções
Mentiras e fracassos
É difícil acreditar
Que vai ser diferente
Dessa vez não vou cair
Sinto que recomeçou
E agora?
O que faço?
Só me resta a angústia da incerteza
No vão dos sentimentos que deixei para trás
Sobra a desconfiança de ser superficial
No vão dos sentimentos que deixei para trás
Sobra a desconfiança de ser superficial


2. Música e vídeo

Verdades e mentiras

Sá e Grarabira
Composição : Sá/Guarabira
Responda depressa quem se acha esperto
Quem sabe de tudo que é certo na vida
Porque que a cara feroz da mentira
Nos pode trazer tanta felicidade
Porque que na hora da grande verdade
Às vezes o povo se esconde se esquece
Verdade...
esconde esconde,
jogo de esconde esconde
tudo se esconderá
Mentira...
esconde esconde,
jogo de esconde esconde
tudo se esconderá
Verdade, mentira
Verdade ou mentira
Às vezes é sua inimiga a verdade
Às vezes é sua aliada a mentira
Aquilo que a vida nos dá e nos tira
Não anda de braços com a sinceridade
Por onde será que é mais curto o caminho
Qual deles mais sobre
Qual deles mais desce
Verdade...
esconde esconde,
jogo de esconde esconde
tudo se esconderá
Mentira...
esconde esconde,
jogo de esconde esconde
tudo se esconderá
Verdade, mentira
Verdade ou mentira
Tem gente que jura que a vida é virtude
Tem gente que faz o bem por falcidade
Não há no universo uma força que mude
O dom da mentira, o som da verdade
A lábia do sábio, a arma do rude
São Deus e o Diabo unidos na prece
Verdade...
esconde esconde,
jogo de esconde esconde
tudo se esconderá
Mentira...
esconde esconde,
jogo de esconde esconde
tudo se esconderá
Verdade, mentira
Verdade ou mentira
esconde esconde,
jogo de esconde esconde
tudo se esconderá
Mentira...
esconde esconde,
jogo de esconde esconde
tudo se esconderá
Verdade...
esconde esconde,
jogo de esconde esconde
tudo se esconderá
Mentira